Lideranças da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e três universidades públicas paulistas se encontraram com representantes suíços de educação, pesquisa e inovação, bem como instituições de pesquisa, agências de fomento e empresas da Suíça, com o intuito de fortalecer acordos de colaboração e estimular novas parcerias científicas.
A reunião, ocorrida em 4 de julho, teve como principal foco a intensificação da colaboração científica, particularmente a exploração de oportunidades em áreas de excelência e inovação, estabelecendo laços mais estreitos entre as entidades envolvidas.
Fortalecendo centros de excelência
Uma das principais propostas discutidas foi a busca de maior interação entre centros de excelência, como os Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) e os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da Fapesp. Essas instâncias apoiam pesquisas de longa duração em colaboração com empresas ou órgãos governamentais. Martina Hirayama, secretária de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça, expressou o desejo de aproveitar similaridades entre os modelos de financiamento de pesquisa, visando à criação de mecanismos de colaboração, especialmente envolvendo centros de excelência.
Os CEPIDs, financiados pela Fapesp, atualmente apoiam 22 projetos de pesquisa de até dez anos de duração, abrangendo tópicos como saúde, processos de doença, física, química, biologia e matemática. Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp, enfatizou que esses centros representam oportunidades de colaboração com os centros de excelência suíços.
Colaborações
Embora o acordo entre Fapesp e a Swiss National Science Foundation (SNSF) tenha apresentado resultados limitados até o momento, os números de colaborações entre pesquisadores brasileiros e suíços são expressivos. No total, 547 colaborações, envolvendo concessões de apoio e bolsas, foram registradas, destacando a colaboração efetiva entre as partes.
Perspectivas Futuras e Exploração Conjunta
A colaboração entre Fapesp e SNSF, por meio de chamadas conjuntas de financiamento de pesquisa, pode ser ampliada e fortalecida. A secretária Martina Hirayama demonstrou interesse em estreitar a colaboração em pesquisas para inovação, destacando o programa suíço Bridge, que integra a ciência básica e a inovação. O diretor científico da Fapesp, Márcio de Castro Silva Filho, enfatizou a flexibilidade da instituição para desenvolver novas propostas e programas de pesquisa que atendam aos objetivos de ambas as partes.
Os temas prioritários para colaboração entre pesquisadores foram delineados: astronomia, física, saúde, biodiversidade e odontologia.
Potencial do Sirius e LHC
A reunião ressaltou também a relevância de projetos científicos de renome, como o Large Hadron Collider (LHC) na Suíça e o Sirius no Brasil. Enquanto o LHC é o maior acelerador de partículas do mundo, o Sirius é um acelerador de partículas de última geração sendo finalizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) em Campinas.
A reunião concluiu com a ideia de que há grande potencial para fortalecer a colaboração científica entre o Brasil e a Suíça. Ambas as partes demonstraram entusiasmo em explorar áreas de excelência e inovação, incentivando a criação de parcerias robustas e produtivas para impulsionar o progresso científico global.
Com informações da Fapesp