O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Dr. Luizinho, expressou preocupação com as baixas coberturas vacinais no estado, destacando a tuberculose como uma das principais preocupações. Em busca de soluções, representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) se reuniram com autoridades do estado para debater o assunto após a inauguração do Centro de Inteligência em Saúde (CIS).
Desafios nas coberturas vacinais
A cobertura vacinal é um desafio crucial para o Rio de Janeiro. Em 2020, a cobertura da vacina BCG, que protege contra casos graves de tuberculose, ficou em apenas 76%, de acordo com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Isso fica aquém da meta do Ministério da Saúde de 90% de cobertura para bebês com menos de um ano. O estado do Rio teve cobertura superior apenas à do Espírito Santo, com 63%.
Além disso, o Rio de Janeiro tem a segunda menor cobertura vacinal contra a poliomielite e a mesma posição em relação à vacina pentavalente, que previne múltiplas doenças, incluindo difteria, tétano e coqueluche.
Medidas para melhorar a cobertura
Para enfrentar essa situação, o secretário de Saúde propõe ampliar o horário de funcionamento dos postos de vacinação e criar unidades abertas de segunda a domingo, das 8h às 20h. Dr. Luizinho avalia que os índices de vacinação do estado são preocupantes e destaca a importância de superar essas dificuldades.
O secretário também prometeu responsabilizar os municípios por resultados insatisfatórios, sugerindo que a partir de 2024, aqueles que não atingirem os índices de vacinação não receberão repasses de recursos estaduais.
Abordagem à tuberculose
Para combater a tuberculose, o estado adquiriu testes rápidos e planeja criar uma rede para facilitar a coleta e detecção de exames nos municípios. O uso de tomógrafos móveis em presídios também é parte da estratégia para combater essa doença, especialmente em ambientes onde condições precárias favorecem sua disseminação.
A importância dos municípios
O diretor da Opas/OMS, Jarbas Barbosa da Silva, ressaltou a importância dos municípios no aumento das coberturas vacinais, enfatizando a necessidade de soluções adaptadas às salas de vacina. Além disso, Barbosa destacou a importância de capacitar profissionais de saúde e investir em estratégias de comunicação.
Entre as causas identificadas para as baixas coberturas vacinais estão a negligência dos responsáveis pelas crianças e desafios técnicos como as constantes atualizações do sistema de informatização do governo federal, a lentidão da internet em prefeituras, a rotatividade de funcionários e problemas nos registros das vacinas no sistema.
Com informações da Agência Brasil
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